REPRESENTAÇÕES do Feminino em La Locanderia e La Putta Onoratta, de Carlo Goldoni
Nome: CAROLINE BARBOSA FARIA FERREIRA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 11/11/2019
Orientador:
Nome | Papel |
---|---|
PAULA REGINA SIEGA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
---|---|
PAULA REGINA SIEGA | Orientador |
MARLÚCIA MENDES DA ROCHA | Examinador Externo |
JORGE LUIZ DO NASCIMENTO | Examinador Interno |
GILVAN VENTURA DA SILVA | Examinador Externo |
FABÍOLA SIMÃO PADILHA TREFZGER | Suplente Interno |
Páginas
Resumo: Segundo Chartier (1990, p. 17), em diferentes lugares e momentos, uma determinada realidade social é construída, pensada e dada a ler de forma diversa. As representações do mundo social não são de forma alguma discursos neutros, mas produzem estratégias e práticas que tendem a impor uma autoridade, a fim de legitimar um projeto reformador ou a justificar
as suas escolhas e condutas. O texto literário não é um espelho, não pode ser lido de forma literal, mas, pela sua verossimilhança, carrega aspectos do mundo real, apresentando características da sociedade que ele representa. A ficção, portanto, não é o avesso do real, mas outra forma de captá-lo. Diante disso, este trabalho tem como objetivo principal analisar a representação da mulher em duas comédias de Carlo Goldoni, teatrólogo italiano do século XVIII. A comédia de Goldoni realiza uma pintura de quadros sociais do quotidiano em Veneza, em um contexto de profundas transformações sociais, e por isso, pode ser utilizada
como fonte de conhecimento dessa sociedade. Por serem muitas as representações de mulheres no teatro goldoniano, analisaremos a personagem Mirandolina, da peça La locandiera (1752), mulher sedutora, que manipula os homens ao seu redor, porque todo o seu prazer era o de ser servida, desejada e adorada; e a personagem Bettina, de La putta onorata, jovem pobre e honrada, que luta para preservar a sua castidade/reputação, e para se casar com
o jovem que ama.